terça-feira, 2 de agosto de 2016

O sagrado e o profano...

O Gui tinha um ¨quistozinho¨na testa, desde que nasceu. Era uma bolinha pequena, mas suficientemente grande para que todos pensassem que ele tinha um galo, e passar a vida a perguntar.
Era benigno, mas achamos por bem que ele fosse removido, o que aconteceu com um procedimento cirúrgico, quando ele tinha um aninho.
Tudo muito simples, dois, três pontinhos, nem sei, cicatriz menor que um centímetro, a qual foi tratada com o maior cuidado.
Eram adesivos com proteção solar, era chapéu, era creme, era tudo. Tudo para que meu imaculado bebê continuasse como veio ao mundo, livre de qualquer imperfeição.
Assim como a sua testa, sempre cuidamos do corpinho, cremes, sabonetes, tudo para ele e obviamente também para a Pipa estarem sempre bem.
Enfim, daquilo que estava e está ao nosso alcance, tudo é proporcionado. Sem falha.
Nossos eternos bebês.
Outro dia, estava a jantar com o J. e sentam perto de nós uns adolescentes, vá, já deixando de ser adolescentes, quase com 20 anos, e eles usavam aquele horror de extensores nas orelhas.

Já viram isso? Nós passamos a vida a tratá-los como ¨sagrados¨ e eles profanam aquilo que é para nós tão especial.
Hoje vejo que os pais sofrem e muito...
Espero que meus filhos não inventem nada de especial... mas lá está, a vida será deles um dia...
E eu, por questões de bom gosto, coloquei aqui uma foto de uma alargador ¨bonitinha¨, procurem na internet ( se tiverem estômago forte) e vejam quando isso inflama, ou simplesmente quando eles tira essa merda da orelha... MEDO!!!

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