quinta-feira, 9 de março de 2017

Isso de ser mulher...

Como nasci num período de um país onde a mulher sempre teve liberdade, nunca valorizei como deveria essa liberdade toda, de certa forma sempre tomei como garantido.
Nunca me senti menos que um homem, poderia me sentir diminuída perante outra pessoa, mas nunca teve a ver com o gênero.
Sempre tive uma figura de um homem que garantia, provinha, decidia e protegia, mas ao mesmo tempo tive uma figura feminina que trabalhava, provinha, decidia e protegia igualmente, cada qual da sua forma, mas em pé de igualdade...Minha mãe sempre exigiu respeito e isso sempre foi visto por mim, ainda menina como uma coisa normal.
Para mim, a questão ¨feminismo¨nunca foi muito preocupante, pois recebi essa liberdade de mão beijada...e agradeço a todas que lutaram por esses direitos terem me sido dados.
Sinto que nós mulheres, somos o eixo da família, nossa disposição, reação, nossa sanidade norteia muito o rumo da nossa família, é como se fôssemos o leme de um barco, nós direcionamos.
Embora essa missão seja de muita responsabilidade creio que nos dá um poder único, o mais importante de todos: ajudar nossa família a crescer com sanidade, com equilíbrio.
Para que eu esteja ¨sã¨, preciso também cuidar de mim, preciso dosar e dar, mas saber receber também. Fazer e exigir ser reconhecida, apreciada e valorizada, pois caso contrário a chama da vontade de lutar vai se apagando... pelo menos a minha.
Sou mãe, sou mulher e isso não faz de mim um ser apenas dedicado aos outros, quero e sou vista como outra pessoa, que tem desejos, cansaços, alegrias, amigos, gostos... tudo, tudinho.
Assim, sendo feliz, partilho felicidade, sabendo como é gostoso ganhar, consigo dar, sabendo desfrutar de um elogio consigo elogiar outra pessoa, sabendo receber, consigo retribuir.
Adoro ser mulher!

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