Bom gosto...

Ontem fomos à casa de uma amiga do J.
Meu Deus, que casa linda!
Fiquei tão apaixonada por aquela casa. Vamos esquecer que a casa é enorme, super bem feita, num lugar maravilhoso, com um super jardim. Tudo luxuoso.
Vou falar da parte que me emocionou:  os quadros.
Quadros que contam a história daquela família, quadros que contam viagens, quadros que contam aquilo que é importante para eles, quadros que expressam o que a dona daquela casa sente.

E não, não são apenas fotos, apesar de haver muitas, muitos dos quadros guardavam documentos, peças, chávenas, pentes, louça. Obviamente emoldurados com o máximo de bom gosto e perfeição ( e isso custa dinheiro, não é só ter bom gosto).
Cada cantinho daquela casa parecia contar qualquer coisa, numa mistura inesperada e harmoniosa que compunha um enredo da vida daquela família, família actual e de muitas gerações anteriores.
Falei para a dona da casa que eu achava que ela tinha um dom, que até deveria explorá-lo comercialmente, pois como eu, imagino que muita gente gostaria de ter um pouco disso em casa mas tem dificuldade em harmonizar, lá está, falta aquele ¨je ne sais quoi¨ que muda tudo.
Eu fiquei a pensar que isso do bom gosto tem tudo a ver com nossa sensibilidade, com aquilo que vivemos, valorizamos, aprendemos, visitamos durante toda nossa vida. É saber olhar para uma chávena que pertenceu a nossa bisavó e saber o seu valor, e como apresentá-la na decoração.
Fascinante. Adorei.
Voltei de lá inspirada, imaginado o amor em cada pecinha, em cada quadrinho...
Que vontande de dar uma grande volta na minha casa... mas de momento, a decoração aqui é feita com pinypons, little pony, aviões e playmobil.  Um dia eu chego lá!