domingo, 16 de março de 2014

Uma estranha fé...

Eu trabalho em casa, no computador, e embora seja muito bom, tem algumas dificuldades... uma delas é o fato de estar em silêncio, sozinha e rapidamente me distrair e começar a pensar em outras coisas...
Houve um tempo em que eu colocava música, mas essa ajudava muito embalar e dava um sono!
Agora descobri uma coisa que me ajuda muito, que é colocar um programa de rádio, ou um programa de entrevista e ir escutando enquanto eu trabalho, me deixa mais desperta e consigo fazer os dois ao mesmo tempo.
Ultimamente tenho ¨papado¨quase todos os programas da Marília Gabriela, acho que ela faz boas perguntas, fala muito bem e tem convidados que me despertam alguma curiosidade.
Eu tenho andado longe do Brasil, e muita coisa tem ficado esquecida sobre as características do meu povo, e ouvir as entrevistas me reavivou um ponto que é muito forte nos brasileiros e que acho engraçado...
Muitos dos entrevistados falam seriamente das suas crenças, da sua fé, e devo dizer que é uma misturada!
Ouvi o Jô Soares a dizer que não era católico, mas que era ¨devoto¨ de uma santa qualquer! Acho estranho porque a tal Santa, só é Santa, porque a Igreja Católica assim o determinou, acreditar na Santa e não na Igreja fica um pouco louco, né? Ainda mais falar em devoção, que é sério, não é apenas uma simpatia!
Ouvi a Fernanda Young acreditar em tanta coisas diferentes ao mesmo tempo que só  corroborou a idéia que eu tinha dela, uma pessoa que quer parecer profunda, mas que parece que flutua em um montão de crenças...
Enfim, não tenho nada contra na maneira que as pessoas professam a sua fé, desde que essa não venha dar ordens na vida dos outros e espalhem uma hipocrisia nojenta e arcaica.
Só acho incoerente uma pessoa que se diz católica vir depois dizer  coisas de espiritismo, ou acreditar em cartas de tarot , horóscopo etc... Me faz questionar  sobre a seriedade das coisas que professam...
Precisa ter coerência? Não, mesmo porque nunca achei que fé e lógica andassem de braças dados, só acho que não faz sentido, só isso, mas cada um acredite no que quiser!
Confesso que acho mais graça nas pessoas confusas, que fazem uma miscelânia de crenças, mas buscam e vivem na bondade, na harmonia, no amor ao próximo, porque isso sim, faz bem ao mundo,  do que aquelas que ficam até no facebook a falar de Jesus, de Deus, da Igreja, parecem que precisam provar ao mundo a sua fé e na vida real não vivem o amor ao próximo, nem a bondade, nem nada e utilizam a capa da fé para julgar os outros, para determinar a maneira como devem viver.
Para mim, a minha fé é uma coisa muito intima, que não necessito explicar, divulgar, partilhar ( muito menos no facebook, com bonecos e gatinhos a brilhar), o que eu acredito move-me a agir como ajo, desejar o que eu desejo, buscar o que eu busco e viver como eu vivo, no meu modo de viver esta refletida a minha fé, porque é assim que acho que deve ser.

Sem comentários:

Enviar um comentário