terça-feira, 22 de outubro de 2019

Thanks. But No Thanks

Hoje vi no bendito facebook uma senhora a reclamar que não consegue contratar uma empregada doméstica.
Segundo essa senhora, depois de "perder o seu tempo" a entrevistá-la, a candidata refutou a oportunidade de trabalho.
A contratante não compreende como é possível que com uma oportunidade de ganhar acima da média ( segundo ela, o salário seria "suberbo"- soberbo) e todas as condições de trabalho magníficas... Daí ela conclui: "essa gente" não quer é trabalhar.
Eu acho no mínimo estranho que não passe pela cabeça da senhora que talvez, talvez, aquilo que ela propõe não seja adequado a pessoa que está a procura de emprego... Se calhar aquilo que ela acha que é ótimo, para a outra pessoa não seja, talvez não seja nem razoável, e isso não faça dela automaticamente "uma gente que não quer trabalhar".

Talvez a pessoa que procura emprego também possa ser uma grande de uma exigente, ou talvez, alguém que vá a entrevistas por ir, mas que não tenha vontade de trabalhar...
Há muitas hipóteses, mas o meu ponto aqui é o seguinte, eu acredito que o negócio só é bom, se for para as duas partes, se as pessoas estão em sintonia...
Essa mania que as pessoas que empregam tem de achar que estão a fazer uma grande caridade em contratar e que a pessoa que precisa do emprego "só tem que aceitar" é no mínimo antiquada e pouco eficiente.
Acho bom que ainda haja certos trabalhos com fartura, em que a pessoa possa escolher, possa aceitar ou não uma vaga, em consciência, e não por desespero de causa.
E como em todas as relações, as pessoas se adaptam!
Sendo também bastante preconceituosa na minha afirmação, sem conhecer a pessoa que quer contratar, apenas ao ler o texto dela, se fosse eu a ser entrevistada, e se eu tivesse opção, também agradeceria, mas recusaria a proposta ( assim, a partida).

1 comentário:

  1. Talvez, a entrevistada, tenha se apercebido, que a futura patroa, mais para a frente, lhe iria chamar de " Essa Gente "...

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