quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Ser grande e ser pequeno...

Há uns dias a nossa casa estava em polvorosa...Meu marido estava prestes a receber a visita de seu professor de doutoramento, que para além de seu professor, é, sem dúvida, seu ídolo.
O J. todo animado, ansioso, a pensar em 3000 detalhes. Eu, um pouco insegura, com relação ao meu inglés, com os meu horizonte limitado, com a minha pequenez, mas ao mesmo tempo, sem muito tempo para me sentir insegura, ou nervosa, a vida , a rotina faz com que não sobre muito tempo para grandes pensamentos, vamos vivendo e logo se vê.
Chega o "grande dia" e o J. vai buscá-lo, estava numa excitação maior do que a Filipa, quando ganhou a Big LOL, estava radiante!
Justamente naquele fim de semana eu me sentia um bocado cansada, com a sensação de uma gripe, que me deixou meio sem coragem. Mas o J. estava a contar com recebê-lo, e sim, eu tinha imenso prazer nessa visita.

Eu estava assim meio perdida, O J. me garantiu que ele era uma pessoa cool, que bastava eu ser "eu" que estava bom
Nem sei como explicar, mas numa sucessão de confusões acabei por chegar em casa mesmo com pouco tempo para deixar tudo arrumado, mas lá dei meu melhor e mantive as coisas simples, e recebi a ilustre visita de avental, rindo e me desculpando.A porta de nossa casa consegui perceber que ele tinha alguma coisa de especial, de elevada- e não, não eram os conhecimentos matemáticos, pois esse eu não consigo medir, transbordava bondade.
De repente estava com uma pessoa de uma inteligência infinita, que transmitia na mesma proporção humildade e simpatia. Foi um jantar ao mesmo tempo simples e grandioso.
Do outro lado do rio


No outro dia fomos almoçar juntos, do outro lado do rio, de barco, e a companhia do professor continuava a me surpreender, na gentileza, na curiosidade sobre a nossa vida, na curiosidade sobre o mundo, vá, na humanidade tão simples, na ausência total de qualquer sentimento que não nos deixasse super à vontade e super a gosto na sua presença.
Fiquei a pensar que a verdadeira grandeza, se calhar, é ser grande o suficiente para perceber que somos pequenos, que há tanto coisa por aí e que somos na verdade pouco, muito pouco... o melhor é espalhar amor, que de arrogância esse mundo está cheeeeeio!

2 comentários:

  1. É tão bom quando pessoas assim se cruzam na nossa vida...

    Beijinhos
    https://atitica.wordpress.com/

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  2. Allo,

    Foste nomeada :-)

    https://atitica.wordpress.com/2018/02/19/the-entertainer-blogger-award/

    Beijinhos

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