quinta-feira, 7 de julho de 2016

Voltar...

Estou a passar umas férias na casa dos meus pais, no Brasil.
Diferente do que meus amigos portugueses imaginam, eu não estou numa praia paradisíaca, num resort... são férias no interior de São Paulo, numa cidade que embora grande, todos se conhecem.
Eu que me considero uma pessoa que até se explica bem, quando tento responder a quem me pergunta qual a sensação de voltar para cá, fico baralhada.

No dia que chego a sensação é de atordoamento, principalmente quando venho num período que o fuso horário está completamente distante. Estamos com 4 horas de diferença.
Depois nos dias que correm vou encontrando as amigas e nas conversas percebendo que eu não sou de nenhum lugar.

Explico... há coisas que acontecem e que são normais aqui e são tão, tão estranhas para os moldes de vida português que eu estranho, mas depois de um, dois dias já entendo perfeitamente, já relembrei.
Muitas vezes olho para um lado e tudo parece ser tão diferente, olho para outro e volto no tempo como se estivesse sempre aqui.
Poucos dias passados e já me sinto um Limeirense a 100%. Volto para casa, casa em Lisboa e me perco de novo...
Muitas vezes, nessa vida que calhou de ser assim, sinto que perdi minha identidade que não pertenço a lado nenhum, mas a dois mundos díspares...

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